Reabilitação

Intervir na área da deficiência é, por si só, um desafio constante. A própria palavra “deficiência” é conotada, de uma forma geral e, eventualmente, ligeira, como algo de negativo, o mesmo se passando para o que (ou para quem) com ela é adjetivada. Mas, centremo-nos na pessoa, na pessoa com deficiência e não, na pessoa deficiente (e isto faz toda a diferença), sendo para a pessoa com deficiência que o CASCI trabalha diariamente e em múltiplas vertentes, de modo a responder às suas necessidades, as quais são diferentes de pessoa para pessoa e em função da fase da vida em que se encontram.

Ao trabalhar para as pessoas com deficiência, trabalhamos também para a desmistificação da sua inferioridade, enquanto elementos (que se pretendem ativos) da nossa comunidade.
Deste modo, o CASCI possui respostas diferenciadas para responder às necessidades educativas/ formativas, ocupacionais, profissionais e residenciais de um leque diferenciado de pessoas com deficiência.

A este respeito importa sublinhar contudo o quanto se tem evoluído no sentido de uma maior inclusão social das pessoas com deficiência, passando-se de um período, não muito longínquo, em que as pessoas com deficiência em Portugal eram praticamente ignoradas, esquecidas e até mesmo escondidas, para uma situação de (re)conhecimento crescente do seu papel, valor e importância. O que seria de um jardim se as flores fossem todas iguais? Tomemos consciência de que a diversidade enriquece as nossas vivências e a sociedade.

Sendo assim, todos/as poderemos ter um papel importante no reconhecimento e na aceitação das diferenças pois, em última análise, todos/as temos algo que nos diferencia. E, podemos nós perguntar, uma diferença, uma característica, um traço diferenciador ou uma deficiência? A palavra que utilizarmos faz (ainda) toda a diferença, sendo nossa obrigação, até mesmo dever, contribuir para a desconstrução dos estereótipos associados à deficiência, promovendo deste modo a construção de uma sociedade mais inclusiva e equitativa.