Re)Descobrir… Direitos da Criança

Re)Descobrir…

Foi a 20 de novembro de 1959 que as Nações Unidas aprovaram a Declaração dos Direitos da Criança, dando luz aos direitos mais básicos e, simultaneamente, mais importantes das crianças de todo o mundo.

Em Portugal, o Dia Mundial da Criança é celebrado a 1 de junho. Nesta data, afirmamos a criança como o centro de tudo. Por regra, famílias e escolas dão presentes, organizam atividades especiais; há até todo um marketing dirigido ao público infantil, incentivando a compra de roupa, brinquedos, livros, …

Contudo, o surgimento da pandemia obrigou educadores e educadoras, professores e professoras a redescobrir formas de chegar às crianças; é exemplo o facto de os trabalhos das crianças e materiais didáticos deixarem, regra geral, de serem afixados nas salas e de serem enviados para casa em formato desmaterializado (via internet), de forma a evitar a propagação do vírus. Por outro lado, pudemos fazer coisas igualmente importantes: ouvir ainda mais as crianças, conversar com elas, ler e partilhar histórias, dançar, brincar e cócegas… muitas cócegas! Sim, coisas menos palpáveis, mas tão ricas. Não foi um ano perdido, foi um ano de ganhos imensuráveis e que, a mim educadora, me despertou e ensinou muito.

Por isso, tentemos todos ganhar também, percebendo na reflexão que, como Loris Malaguzzi dizia n’ As Cem Linguagens da Criança, “a criança é feita de cem (…) cem mãos, cem pensamentos, cem modos de pensar, de jogar e de falar”. Não lhes roubemos isso.

Ana Sousa

Educadora de Infância

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