A Educação emocional é o caminho para a felicidade?

 

A Educação Emocional é um novo paradigma que propõe que a pessoa deve ser estimulada a desenvolver competências intra e interpessoais para encontrar estratégias criativas para lidar com os seus conflitos, aumentando a sua autoconfiança e equilíbrio emocional.

Atualmente, sabemos que as crianças são capazes de sentir as mesmas emoções que uma pessoa adulta. A diferença é que as crianças não sabem como rotulá-las, compreendê-las ou regulá-las, uma vez que estas capacidades têm de ser desenvolvidas e aprendidas ao longo da vida. A habilidade para perceber a emoção é natural e inata, mas precisa de ser amadurecida. Por outro lado, as capacidades de identificar, rotular e regular as emoções são apreendidas através da interação social.

Grande parte desta aprendizagem ocorre por imitação das pessoas adultas, da forma como expressam e regulam as suas emoções e não apenas com base na instrução verbal. O desenvolvimento emocional é, então, um processo de construção pessoal, altamente influenciado pelo meio, e expressões como “é feio ter raiva”, “meninos não podem sentir medo nem chorar” são frequentemente encontradas na educação das crianças e caracterizam um ambiente de invalidade. Estas experiências levam ao evitamento e supressão das emoções e impedem que se desenvolva confiança nas próprias respostas emocionais.

A consciência emocional desenvolve-se com o exercício contínuo de descrição e expressão de emoções. É essencial conseguir identificar as próprias emoções para entendê-las e, posteriormente, conseguir identificar e compreender as das outras pessoas. Uma pessoa com uma maior autoconsciência emocional torna-se mais capaz de gerir e controlar as suas emoções, tem uma maior capacidade empática e habilidade para gerir relacionamentos, bem como uma tendência para obter melhores resultados escolares.

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Cátia Santos

Mestranda em Psicologia (Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra)

 

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