O consumo de bens e serviços permite a satisfação das necessidades mais, ou menos, básicas para a sobrevivência. Os bens consumidos podem ser produzidos por quem os consome (como por exemplo, quando se pratica a pequena agricultura doméstica ou se costura a própria roupa) ou pela aquisição, ie, pela compra dos mesmos. Centremo-nos contudo na compra de bens e serviços, já que esta se assume atualmente como a forma mais comum de aceder aos bens e serviços tidos como necessários.
E se o ato de comprar pode traduzir o dinamismo e desenvolvimento económico de uma sociedade, também é verdade que o seu potencial impacto em termos sociais e ambientais não pode, e não deve, ser descurado.
Está pois nas nossas mãos, enquanto consumidores/as, fazer escolhas mais solidárias e amigas das pessoas e do ambiente. Quando compramos no comércio local, aos/às pequenos/as produtores/as, estamos a promover a economia local, contribuindo para a fixação das pessoas nas suas localidades de origem e para a preservação da cultura e saberes locais. Simultaneamente, o comércio de proximidade diminui a pegada ecológica: a título de exemplo, ao comprarmos perto, produtos que são produzidos localmente e por pessoas que vivem próximo há um menor consumo de combustível e consequentemente, menos poluição.
No CASCI temos em funcionamento cinco unidades produtivas onde trabalham 42 pessoas com deficiência moderada, produzindo vários produtos para comercialização, podendo os mesmos ser adquiridos em diversos estabelecimentos comerciais locais ou nas nossas instalações. Temos disponíveis, entre outros, produtos hortícolas frescos, bolos secos, peças decorativas em barro pintadas à mão, produtos diversos em madeira. Nestas unidades produtivas, comprar também é ajudar, ajudar na integração sócio-profissional de pessoas com deficiência, ajudar a economia local e ajudar na redução da nossa pegada ecológica.
Em suma, no CASCI comprar também é ajudar!
Helena Santos,
Diretora do Departamento de Reabilitação