Não é possível escapar ao efeito natural do envelhecimento, sobretudo tendo em conta a atual esperança média de vida em Portugal, que é de 80.7 anos, contudo, pode-se melhorar a qualidade de vida ao praticar exercício físico de forma regular e adequado à condição física de cada pessoa. Desta forma, adia-se o aparecimento de fatores de risco para a saúde.
Alguns dos benefícios da prática de atividade física são os ganhos das capacidades cardiovascular, resistência muscular e coordenação motora mas o proveito para o equilíbrio é fundamental nesta fase da vida. Uma vez que a falta de equilíbrio é um dos principais fatores de quedas na população mundial (Santos & Figueiredo, 2019), devido ao declínio de uma adequada contração muscular e da ação da gravidade.
É indispensável exercitar a mente e o corpo, para que o sedentarismo não se acomode no dia-a-dia e as funções sensoriais não fiquem “adormecidas”. Tal como o ditado popular diz, “prevenir é o melhor remédio”, temos a obrigação de começar a “ganhar” o hábito de exercitar o corpo humano pelo menos 30 minutos por dia e encarar esta prática como um remédio preventivo.
O facto de nos sentarmos no sofá terá grandes repercussões na independência da realização das tarefas diárias, uma vez que ocorrerá um aumento de peso e de volume, e, internamente, a perda de massa muscular, o que provoca uma grave agressão no suporte do esqueleto humano, isto é, a compressão nos ossos, articulações e ligamentos, ampliando o risco de lesão.
Em suma, o ser humano tem a obrigação de se “mexer” e cuidar de si, visto que veio ao mundo com a liberdade de movimento. Manter o corpo e o cérebro ativos, para além dos benefícios anteriormente referidos, ajuda a melhorar a autoestima e o bem-estar psicológico. Devemos sempre ter em mente as capacidades de cada pessoa na prática de exercício físico e tirar partido do processo!
João Coelho Santos
Professor de Educação Física
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