As vacinas constituem o maior avanço da medicina moderna. Desde o início da vacinação até à atualidade, têm-se verificado grandes avanços no campo da vacinação. Por sua vez, estas são responsáveis pela mudança nas doenças infeciosas nos países desenvolvidos na medida em que previnem mais casos de doença do que qualquer tratamento médico.
Além da proteção individual, a maioria das vacinas tem ainda a capacidade de, a partir de determinadas taxas de cobertura vacinal, interromper a circulação dos microrganismos entre pessoas originando aquilo a que se chama “imunidade de grupo”. Este benefício para a sociedade é claramente uma mais-valia da vacinação em massa.
Em Portugal a vacinação é regulamentada através do Plano Nacional de Vacinação, tendo este sido criado em 1965. Este garante que a administração vacinal seja totalmente gratuita, universal, de acordo com as idades recomendadas e realizada por enfermeiros em centros de saúde e hospitais, face à coordenação da Direção Geral de Saúde.
Atualmente a população depara-se com a realidade de Pandemia derivada do SARS-CoV2. Deste modo, e após vários estudos, foi possível a aprovação, pela Comissão Europeia, da Vacina Comirnaty (da BioNTech/Pfizer). De acordo com os ensaios realizados, esta vacina demonstra uma eficácia de 95% em pacientes com risco de doença grave de COVID-19. De qualquer modo, é relevante esclarecer que apesar da eficácia, a vacinação não evita completamente o risco de infeção.
Por outro lado, como qualquer outra terapêutica, a vacina contra a COVID-19 pode apresentar reações adversas, sendo que na maioria das vezes estas são ligeiras e a curto prazo. A população já vacinada com esta terapêutica refere ter sentido dor no local de administração (músculo deltóide de braço esquerdo), fadiga, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações e febre.
Como é de conhecimento público, a vacinação contra a COVID-19 será realizada por fases, sendo que lares pertencem ao 1º grupo porque a sua população é considerada de elevado risco de infeção. Nos lares a vacinação será realizada primeiramente nos concelhos de maior risco de transmissão.
Após a administração vacinal é de salientar que é necessário manter o uso de máscara e respeitar o distanciamento social. De acordo com os estudos, só após os 7 dias da 2ª dose de vacina, é que o individuo se encontra protegido; por outro lado, a vacina não garante infeções assintomáticas, pelo que se pode ser portador/a da doença após vacinação, sendo então importante manter medidas de segurança.
Em suma, é fundamental reter a importância da aceitação da vacinação na medida em que irá permitir imunidade de grupo e assim diminuir o estado de doença grave por COVID-19. Não esquecer que, após ser realizada administração da vacina, se devem manter os cuidados de segurança, pois é possível continuar a transmitir a doença.
Enfermeira
Beatriz Berbigão