Vamos falar sobre… Neurodiversidade

neurodiversidade

Num mundo em que a diferença impera e é com frequência celebrada, o conceito de neurodiversidade alerta-nos para a ideia de que os seres humanos apresentam uma variada gama de composições neurológicas e, como tal, o funcionamento neurocognitivo de algumas pessoas é diferente do que é entendido como padrão (norma) pela sociedade. Porém, estas diferenças não significam a existência de patologia, traduzem a diversidade característica da humanidade e, como tal, devem ser respeitadas e aceites.

Uma pessoa neurotípica apresenta um funcionamento neurocognitivo enquadrável no padrão esperado pela sociedade (dentro da média). O funcionamento de uma pessoa neurodivergente, por outro lado, é atípico, o que significa que se enquadra fora da média e, em situações concretas, a pessoa neurodivergente responde de forma diferente do que seria esperado nessas situações, o que pode resultar em dificuldades de adaptação.

A dislexia, a perturbação do espetro autista ou a perturbação de hiperatividade e défice de atenção são exemplos de neurodiversidade.

Para pessoas que aprendem e pensam de forma diferente, a ideia de neurodiversidade apresenta diversas vantagens, ajudando crianças e as suas famílias a enquadrar os desafios que experimentam como diferenças e não como défices, assim como promovendo o desenvolvimento de abordagens pedagógicas com foco nos pontos fortes de cada criança e na aceitação das diferentes formas de aprender pela sociedade.

É missão do CASCI fazer a diferença, promovendo a igualdade e a inclusão, e todos os dias nos empenhamos no sentido da sua concretização. No CASCI e nos seus Centros de Infância, cada criança é única, tornamos nossos os seus desafios e investimos na formação contínua, procuramos novas práticas mais adequadas às necessidades e às características das crianças com as quais temos o privilégio de trabalhar.

A expressão mais bela e enriquecedora da vida humana é a sua diversidade. Uma diversidade que nunca pode servir para justificar a desigualdade. A repressão da diversidade empobrece a raça humana. É nosso dever facilitar e reforçar a diversidade a fim de chegar a um mundo mais equitativo para todos. Para que exista a igualdade, devemos evitar as normas que definem o que deve ser uma vida humana normal ou a forma normal de alcançar a felicidade. A única qualidade normal que pode existir entre os seres humanos é a própria vida. Óscas Árias (Prémio Nobel da Paz)

Manuela Vieira Teixeira
Psicóloga
Dir. Departamento de Ensino

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