Quando for grande quero ser… tudo e talvez mais qualquer coisa!

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É comum questionar as crianças sobre o que querem ser quando crescerem. E desde muito cedo se podem introduzir possibilidades e limitações também no que diz respeito à (des)igualdade de género. Vamos refletir sobre o assunto…

“É menino ou é menina?” é, muito provavelmente, uma das primeiras questões que colocamos perante uma gravidez e é a partir da resposta que obtemos que começamos a construir a identidade da criança – com base nas roupas que escolhemos para ela (e das respetivas cores, mantendo-se o rosa fortemente associado ao universo feminino), dos brinquedos e até das características que lhes atribuímos por pertencerem a um determinado sexo.

Brincar é fundamental, desenvolve inúmeras competências: brincar com bonecas, por exemplo, promove competências relacionadas com a prestação de cuidados e brincar com carrinhos fomenta, entre outras, competências espaciais. Favorecer um tipo de brinquedos em detrimento de outros poderá originar uma desigualdade na estimulação cognitiva das crianças, que poderá refletir-se mais tarde ao nível da capacidade de resolução de problemas, da resiliência e da autoconfiança.

As crianças aprendem sobretudo com as pessoas adultas de referência. Se em casa as tarefas domésticas são partilhadas, se homens e mulheres se encontram representados/as em todas as categorias profissionais e se o êxito académico não está necessariamente associado ao sexo masculino ou ao sexo feminino, uma infinidade de possibilidades emerge para todas as crianças.

Como entidade de referência no que à promoção da igualdade diz respeito, o CASCI implementou, em 2018, um Plano para a Igualdade, através do qual tem consolidado boas práticas relacionadas com a igualdade entre homens e mulheres. No CASCI, cada criança é única e especial e aprende a explorar o seu potencial sem limites, inclusive os impostos pela estereotipia de género.

Da próxima vez que perguntar a uma criança o que ela sonha ser quando for grande, lembre-se que ela pode ser tudo e talvez mais qualquer coisa, porque dentro de uma criança habitam todos os sonhos do mundo.

Manuela Vieira Teixeira

Psicóloga

Diretora do Departamento de Ensino


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