Ser Ajudante de Ação Direta nem sempre é fácil. Há muitos constrangimentos, dificuldades e exigências quando se cuida de outra pessoa. Quando se trata de cuidar de alguém com deficiência ou incapacidade, as necessidades tornam-se diferentes, mas igualmente exigentes. Porém, é uma tarefa especial e os/as Ajudantes de Ação Direta do Lar Residencial têm sido extraordinários/as no serviço que prestam. Mostram dedicação, disponibilidade, vocação e sobretudo muito amor. Amor, carinho, afeição, delicadeza, ternura, meiguice e proteção àqueles/as que lhes são confiados/as. Fazem um trabalho extraordinário, dão-se aos/às utentes, cumprem as exigências que lhes são pedidas e ainda conseguem sorrir, brincar e entregar-se à sua profissão, mesmo quando os dias são menos bons e pouco compensatórios. E é por causa da sua entrega à profissão e aos seus “meninos” e às suas “meninas” que continuam apesar das dificuldades, que arregaçam as mangas, se dão totalmente e são excelentes prestadores/as de cuidados.
Há muitos tipos de deficiência e muitos tipos de incapacidade. Cada utente é diferente. A limitação de um/a, não é igual à limitação do/a outro/a. O que para algumas pessoas parece fácil, para os/as nossos/as utentes pode ser difícil e ajudar a superar essas barreiras com compaixão e amabilidade é a tarefa dos/as nossos/as Ajudantes de Ação Direta. Se é fácil cuidar de uma pessoa com deficiência ou incapacidade, a resposta é Não, porém, é muito recompensador e gratificante. E são os/as nossos/as utentes que nos demonstram isso, ao procurarem diariamente a proximidade, o contato, carinho e afeto daqueles e daquelas que deles/as cuidam.
Sandra Manata
Psicóloga – Lar Residencial