2º desconfinamento – o que esperar?

 

 

A pandemia por SARS-CoV-2 veio mudar de uma forma drástica a forma como nos comportamos em sociedade. Passado um ano após o início do primeiro confinamento, Portugal assiste ao momento em que, de uma forma gradual, o governo começa a desconfinar o país após uma terceira vaga da pandemia que culminou num segundo confinamento.

Como seria de esperar, um segundo confinamento só poderia acarretar um conjunto significativo de implicações a nível de saúde que iremos analisar ao longo deste artigo. Investigadores das universidades Nova de Lisboa, Granada (Espanha) e Lille (França) e do Instituto Espanhol de Saúde Carlos III analisaram as rotinas e a convivência de alunos/as entre os 3 e os 16 anos e respetivas famílias durante o primeiro confinamento. De acordo com indicadores deste estudo, cerca de 44% dos pais/das mães manifestaram preocupação quanto ao uso excessivo do telemóvel pelos filhos e pelas filhas e cerca de 76% admitiram o recurso excessivo a videojogos para manter os/as filhos/as ocupados/as. Por outro lado, a menor prática de atividades extracurriculares, principalmente desportivas, e os piores hábitos alimentares fizeram com que 4 em cada 10 crianças tivessem aumentado de peso após o primeiro confinamento.

Tendo em consideração que durante este segundo confinamento, 34% dos/as portugueses/as passaram a dormir com menor qualidade, aliado ao facto de durante este período de isolamento social se terem perdido também as rotinas e horários de refeições, poderemos assistir a um panorama semelhante, ou seja, perspetiva-se mais excesso de peso/obesidade, menor bem-estar emocional e mais complicações associadas às patologias do foro psicológico.

A tomada de consciência é o primeiro passo para a mudança. Se for o seu caso, ainda está a tempo de adotar um estilo de vida saudável. Procure fazer alguma atividade física, o bom tempo deste início de primavera assim o convida. Mantenha as suas rotinas de refeições e tente não estar mais de três a quatro horas sem ingerir nenhuma refeição, e promova atividades que possam resultar num sono reparador. Por último e não menos importante, tente manter uma boa hidratação, no mínimo cerca de 1,5L de consumo de água por dia, pelo que será mais fácil manter este hábito se de uma forma diária se fizer acompanhar da sua garrafa.

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Ivo Ferreira,

Nutricionista

 

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