Sou Ajudante de ação direta num lar e dedico parte do meu dia a cuidar de pessoas idosas. Presto-lhes cuidados nas AVD (Atividades de Vida Diária), ou seja, ajudo estas pessoas nos cuidados de higiene, na alimentação, nas idas à casa de banho, vestir, despir, calçar, levantar e deitar.
Não era, de todo, o que queria para mim, mas as oportunidades surgem e, como estava sem trabalho, abracei esta experiência com carinho. O índice de envelhecimento era elevado e vi aqui uma boa oportunidade de trabalho, na qual decidi investir.
Antes de tirar um curso nesta área, não pensei que fosse tão gratificante e que fizesse tanto sentido na minha vida. Quando falo no sentido que faz para mim, refiro-me também ao sentido que faz para as pessoas idosas. Fazem-me sentir a única “família” que têm e, por isso, a minha dedicação, o meu afeto e o meu amor por aquilo que faço.
Muito francamente, estou na profissão certa, mesmo não sendo tão valorizada como eu gostaria. Penso que só mesmo quem tem estas funções ou quem está por perto, sabe dar valor. Sou muito feliz no meu trabalho e jamais o trocaria por uma profissão diferente.
Teresa Mendes
Ajudante de ação direta